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Futebol Feminino

Um apelo para ajudar à profissionalização do futebol feminino: «Precisamos do FC Porto» – Thinking Football Summit

  • Novembro 20, 2022
  • 5 min read
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Um apelo para ajudar à profissionalização do futebol feminino: «Precisamos do FC Porto» – Thinking Football Summit

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A profissionalização do futebol feminino em Portugal ainda está longe de ser uma realidade, visto que atualmente só quatro clube (Benfica, Sporting, Sp. Braga e Famalicão) têm esse estatuto. Daí que discutir o tema seja algo necessário e urgente, conforme ficou patento no painel dedicado ao tema na Thinking Football Summit, que decorre na Super Bock Arena, no Porto. O painel contou com Mariana Vaz Pinto, ex-team manager no Sporting e B SAD, Raquel Sampaio, ex-jogadora e atual CEO da Teammate Football Manager, e Miguel Santos, ex-treinador do Sp. Braga, sendo que todos concordaram que é preciso fazer mais e melhor pelo futebol feminino. 
“O futebol português ainda não está preparado para a profissionalização. Há muito ainda por fazer para que isso seja uma realidade. Não basta as jogadoras passarem a ser profissionais, há trabalho estrutural que tem de acompanhar essa evolução. As equipas femininas terem um espaço próprio, por exemplo. Terem relvados de relva natural para trabalharem, não andarem a treinar em sintético e jogarem em natural algumas vezes. A realidade da maioria dos clubes é andarem com a casa às costas. Ainda existem muitas barreiras para derrubar”, referiu Mariana Vaz Pinto, lembrando depois o muito que distingue o futebol feminino em Portugal para outros países da Europa: “Uma pessoa deve pagar para ver um espetáculo e um jogo de futebol feminino é um espetáculo. Na época passada, Camp Nou encheu primeiro com um jogo de futebol feminino do que com o masculino. E as pessoas pagaram para ver.”

Raquel Sampaio alinhou pelo mesmo discurso e fez um apelo ao FC Porto para que entre no futebol feminino. “Há cinco anos éramos todas amadoras, as jogadoras pagavam para jogar. Hoje em dia já se vê evolução, mas ainda é preciso criar infrastuturas em outros clubes que não os quatro que são profissionais para que as jogadores se possam desenvolver. Era muito importante o FC Porto entrar. São clubes assim que nos podem ajudar a dar o próximo passo, clubes que são mais-valia no futebol masculino e também podem ser no futebol feminino. Imagem a dimensão que traria à modalidade na região norte, quantas jovens que são adeptas do FC Porto e sonham jogar no clube. Tenho várias na minha agência. Precisamos do FC Porto”, frisou a ex-diretora do Sporting, enquanto ‘piscava’ o olho a Pedro Proença, que assistia na plateia e se mostrou disponível para dialogar sobre como a Liga pode ajudar o futebol feminino a dar um passo em frente. 

Já Miguel Santos, ex-treinador do Sp. Braga que atualmente trabalha no Tammeka da Estónia, lançou 2030 como meta máxima para a profissionalização do futebol feminino em Portugal. “Era bom que até 2030 pudéssemos ter uma liga profissional. Se calhar uma liga a 12 vai ser complicado e para haver profissionalização total teremos que reduzir o número de equipas. E a profissionalização não pode ficar-se pelos clubes e pelas jogadoras, tem de chegar também à arbitragem. Dar pelo menos outras condições aos árbitros para acompanharem o nível do jogo”, considerou, lembrando a importância que essa evolução na liga teria na Seleção Nacional: “Quanto maior o recrutamento, mais valorizada sairá a Seleção. Mas têm que ser dados passos sustentados, não podemos avançar muito agora para daqui a uns anos andarmos para trás. Acredito que uma presença no próximo Mundial vai valorizar muito o futebol feminino em Portugal, até porque virá na sequência da presença no Europeu.”



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