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Futebol Feminino

″Tanto pela forma de ser, como pela atleta que é, encantou-me″

  • Janeiro 14, 2023
  • 5 min read
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″Tanto pela forma de ser, como pela atleta que é, encantou-me″

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Ticha, médio de 20 anos, é uma das atletas mais promissoras do Damaiense e acredita que a equipa irá terminar a época a sorrir. Kika Nazareth foi a jogadora com que partilhou o balneário que mais a encantou.

Olhamos para a tabela classificativa da Liga BPI e deparamos com o Damaiense, clube recém-promovido ao principal escalão do futebol feminino português, na quinta posição, com 19 pontos. Motivos mais do que suficientes para que, neste périplo por alguns estádios nacionais, viajássemos até à Damaia para conversar com Patrícia Barreiros, mais conhecida por Ticha, promissora médio da equipa sensação deste campeonato. Há três épocas no clube amadorense, a médio vestiu a camisola do Damaiense em 44 jogos, partilhando o balneário com canadianas, norte-americanas, espanholas, cabo-verdianas, gregas e brasileiras.

O rótulo de equipa sensação que foi colado ao Damaiense justifica-se?

-Estamos a superar as expectativas de toda a gente, visto que na época passada estávamos na segunda divisão e hoje seguimos no quinto lugar da Liga BPI. Estamos a conseguir bons resultados e a equipa está a trabalhar por isso. O objetivo é continuar e lutar pelos três pontos em todos os jogos. Vamos tentar acabar na melhor classificação possível e chegar o mais longe nas competições que disputamos.

O Damaiense tem-se exibido como uma equipa sólida e unida dentro das quatro linhas, caracterizando-se pela flexibilidade tática. A sintonia do grupo tem feito a diferença?

-Somos um grupo trabalhador, com jogadoras de muita qualidade e temos uma grande equipa técnica, que nos facilita bastante o trabalho. O míster Tomás Tengarrinha está a fazer um excelente trabalho e ajuda-nos bastante em todos os aspetos. O nosso sucesso baseia-se no trabalho que fazemos todos os dias. Até agora, as coisas têm-nos corrido bem, temos conseguido fazer bons jogos e obter bons resultados graças a todos.

Esta é a terceira época da Patrícia ao serviço do Damaiense, onde já gravou o nome na história do clube com a subida de divisão na temporada passada. Sente que está no clube certo para progredir?

-Foi o clube que me abriu as portas para o futebol profissional, dando-me a oportunidade de jogar na principal liga feminina portuguesa contra as melhores jogadoras do país. No primeiro ano, a oportunidade de jogar na Liga BPI atraiu-me, e com o passar do tempo conheci grandes pessoas que fazem parte da estrutura do clube e que me fizeram sentir em casa. Neste ano, o projeto é mais profissional e mais competitivo, o que fez com que eu quisesse continuar. A estrutura trabalha muito em prol das atletas. Quero melhorar cada vez mais e, para isso, tenho de jogar com as melhores.

Deu os primeiros passos no futebol ao serviço do Casa Pia, ainda muito jovem, e passou pelo Benfica, antes de chegar ao Damaiense. Quando é que soube que queria ser jogadora profissional?

-O futebol esteve sempre presente em minha casa. Acabou por acontecer naturalmente, porque desde que me lembro sempre tive uma bola nos pés. Felizmente, sempre tive o apoio da minha família ao longo do meu percurso no futebol. São um grande apoio para mim e o facto de me acompanharem dá-me uma motivação extra.

O que espera a Patrícia do futuro?

-Nos próximos cinco anos quero afirmar-me ainda mais no futebol português para poder chegar à Seleção Nacional. Tenho muitos sonhos, mas neste momento estou mais focada em fazer a minha primeira internacionalização por Portugal e ganhar o meu espaço no Damaiense. Num futuro mais longínquo sonho jogar na Liga dos Campeões e disputar um Campeonato do Mundo.

Kika Nazareth foi a jogadora que mais a encantou

Depois de dar nas vistas no Casa Pia, onde esteve durante três temporadas, Ticha deu o salto e mudou-se para o Seixal para vestir a camisola do Benfica. Por lá, partilhou o relvado com craques, mas há uma que lhe ficou na memória.

“Já joguei e partilhei o balneário com jogadoras muito boas, mas diria que a melhor é a Kika Nazareth. Tanto pela forma de ser, como pela atleta que é, encantou-me”, conta a médio, apontando ainda as atletas que considera estarem em destaque na Liga BPI.

“Pessoalmente, tenho gostado muito da Cláudia Neto e da Cloé Lacasse, acho que são muito boas jogadoras e podem fazer a diferença”. A promissora jogadora analisa ainda a evolução do futebol feminino e espera um progresso imenso nos próximos tempos. “Penso que, no geral, o futebol feminino em Portugal está a crescer. Gosto de acreditar que as mentalidades estão a mudar, porque isso só vai ajudar a desenvolver ainda mais o nosso futebol feminino. Vamos alcançar um patamar elevado, acredito”, remata.



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